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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Os Fotógrafos - Luís Landeiroto

Nasci em Moçambique em 1960.
Mudei-me para a África do Sul, Durban, quando tinha apenas 6 meses de idade e aí permaneci até 1976. Cheguei a Portugal em fins de 1976 e aí vivi no Seixal até 1990. Adorei a estadia no meu Seixal durante estes 14 aninhos. Tornei-me membro da banda "SUS Misic", a qual mudou de nome duas vezes: primeiro para "Second Time", e finalmente, para "Grupo de Baile" em 1981.
Mais tarde abri a minha própria loja de Instrumentos Musicais, na Cruz de Pau, e poucos anos depois, uma escola de música. A vida arrastava-se sem grande progresso, e decidi arriscar-me, mudando-me para os Estados Unidos, especificamente para Miami, onde permaneci 10 anos. Quando me fartei do estilo de vida americano, novamente mudei-me, mas agora para Inglaterra, em meados de 2001. Agora, vivo numa pequena vila a norte de Londres, chamada Spalding, a uma hora de viagem por carro.
Em todos estes anos, o meu amor pela fotografia esteve sempre presente. Tem sido a minha paixão, a minha companheira de viajem, e passatempo! Quando comecei, tinha uma câmara Pentax SFX 35mm, e a seguir adquiri uma Sony Alfa 200! Agora trabalho com uma Nikon D5200 que tem uma grande variedade de lentes diferentes, e tenho esperanças, que um dia, consiga ir ainda mais longe, com uma câmara ainda mais sofisticada!
Apesar de eu ser um amador, a maioria das minhas obras fotográficas é feita em HDR (um termo inglês, High Dynamic Range). As imagens em HDR conseguem representar com muito maior precisão os vários níveis de intensidade encontrados em paisagens fotográficas reais, como as vemos, tal como luz directa do sol, ou à menos intensa luz das estrelas. Esta técnica é uma espécie de composição de várias fotografias tiradas com diferentes variantes, do mesmo cenário. Tudo em conta, adoro todos os tipos de fotografia.
Mantém-me calmo, e relaxado. permite-me ver o mundo que a olho nu não me é permitido.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Os Fotógrafos - Jorge Trindade

Nasci em Cacilhas, em 1957. 
Sou amante da fotografia, e igualmente amador. Leigo em muitas matérias, no que toca à Arte de fotografar. O que tento sempre é colocar na máquina aquilo que os meus olhos vêm.
Embora a fotografia deva ser partilhada, o momento de captar é um acto de saboroso egoísmo, dado que depois vamos para casa soborear os resultados. Só depois, vem a partilha.


A minha paixão pelas fotografias mistura-se com a paixão pela Música. Ali pelos meus 12 anos, compro a minha primeira máquina, com os ganhos dos primeiros bailes. Era uma máquina razoável,  de fabrico alemão, que serviu para além do tradicional uso, para as primeiras tentativas de captar paisagens, alguns pôr do sol, uns quantos no Seixal. Os resultados não eram os esperados, e muitas vezes metade do rolo não se aproveitava.

Por influência amiga, rendo-me ao slide dada a melhor qualidade obtida, e à forma de visionamento. Com actuações por todo o país, começo a carregar a máquina para todo o lado. Mau mesmo, era a espera. Os rolos eram enviados para a Agfa para serem revelados, e isso demorava sempre umas duas semanas. Também aqui o Seixal está presente, com slides feitos na Quinta do Álamo, Quinta da Trindade, e um acampamento que ficou célebre, na praia do Alfeite.

Em 1985 compro uma CanonT50, usada, que me permite abordar a fotografia para além do mero click, e é a partir daí que começo interessar-me pela sensibilidade dos rolos, pela focagem, luz, zoom, etc.
A possibilidade de viajar proporcionou-me o aumento da colecção de slides e o "vício" de fotografar. Até que surge a invasão das máquinas digitais, aquelas minúsculas criaturas que colocamos a 30cm dos olhos para tirar o retrato. 

A JVC oferecera-me uma dessas coisas, e a única piada que lhe achei foi a possibilidade de ter acesso imediato às fotografias. No restante, o modo de fotografar tal como o sinto, perdia-se.

Mais tarde, em 1999 por ocasião da visita a uma Feira, deste tipo de tecnologias, tomo contacto com a nova geração de câmaras, em que podemos fotografar "à moda antiga" e usufruir das vantagens do mundo digital. No entanto os preços dos equipamentos, eram tão exagerados, que me fui mantendo meio arredado, dado que a T50 ficou encostada. As fotografias eram tiradas pela JVC, sem emoção, e sem alma.

Em 2011, decido-me a comprar uma Nikon, baixo de gama, mas capaz de satisfazer os meus apetites e capacidades fotográficas. A estreia não podia ter sido melhor, a ver o Jorge Palma, no dia 24 de Abril, no Seixal. Os resultados, desde essa data, têm sido guardados em blogues. São os registos dos olhares por onde passo, que me obrigam a fazer caminhadas, voltas de bicicleta, passeios, ondem para além do prazer da contemplação, pode surgir sempre a oportunidade de captar aquela foto.

Deste trajeto de retratos que vem de longe, o local mais fotografado tem sido sem dúvida o Seixal, seus arredores, dado que é no Concelho onde resido, dado que tem locais magníficos para fotografar, dado que tenho por esta terra afinidades e laços insolúveis.

Sendo a minha grande paixão, a Música, tenho na Fotografia, uma outra paixão, que não se esgota na imagem captada, pois tal como a Música, a edição completa o esboço, a ideia original, do que resulta, o enorme prazer de Escutar, e de Ver. E se contemplarmos as fotos ao som de uma boa música, então é perfeito.

"Se puderes olhar, vê. Se Puderes ver, repara."
José Saramago



sábado, 5 de outubro de 2013

os Fotógrafos - Paulo Andrade

Nasci em Angola em 1971.
Vivo na Torre da Marinha desde 1973 onde estudei e cresci como homem. Amo o nosso Seixal como minha terra Natal.
Trabalho na SN Seixal (Siderurgia Nacional).
Tudo isto começou por culpa de um primo meu que é fotografo, o Nuno Luís, que alguns de vocês já devem ter ouvido falar e até terem visto alguns dos seus trabalhos. Tornou-se uma paixão que me acompanha para todo o lado onde vá. Desde pequeno que sempre fui um observador de tudo o que se passava ao meu redor, não só o ambiente mais natural, como interacção das pessoas com o habitat natural. A fotografia representa para mim uma forma de arte e expressão e sempre que ando de mochila às costas no nosso Concelho do Seixal ou em qualquer lugar, não perco a oportunidade de registar essa simbiose seja em ambiente natural ou nomeio da cidade, tudo pode ser fotografável mas penso que ainda existe muito a fazer e a melhorar.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

os fotógrafos - Nelson Cruz

Sendo este espaço rico em fotografias, faz todo o sentido divulgar um pouco sobre quem está por trás da câmara. Para começar, todas as honras de abertura vão para o excelente profissional Nelson Cruz. Aqui fica a síntese do seu percurso na arte da trabalhar a Imagem.

Nelson Cruz, natural de Seixal, onde nasceu no ano de 1949.
Filho de um projecionista de cinema. O gosto pelo cinema e fotografia começou ainda na adolescência. Começando a frequentar as cabines de projecção, e a projectar filmes no ecrã das salas de cinema onde o pai trabalhava, até ser “apanhado” por um elemento da Inspecção Geral de Espetáculos quando projectava o filme El Cid no cinema S. Vicente, em Paio Pires, enquanto o seu pai tinha dado uma escapadinha. Guardava as sobras das películas que se partiam na máquina durante a projecção e tinham de ser coladas com acetona, com essas sobras editava um filme que projectava para a maltinha do Seixal nas escadas de sua casa, cobrando um tostão a cada puto. A projecção era feita inicialmente numa “máquina”, construída de uma caixa de sapatos, que recolhia na loja do Sequeira no Seixal e mais tarde, com caixotes das embalagens de margarina, que conseguia na Cooperativa Operária de Consumo, já mais sofisticada, e com uma lanterna, feita de uma lâmpada eléctrica a que retirava a resistência enchendo-a com água, e rolhando-a.
É com um misto de satisfação e curiosidade que vê o seu pai comprar uma Kodak e na ausência do progenitor inicia a sua aprendizagem, recorrendo aos livros que a biblioteca itinerante da Gulbenkian facultava. Para a época esta máquina já vinha equipada com alguns acessórios, que aguçavam a curiosidade e o desperdício de rolos 120 começou a ter início que acabavam com algumas palmadas.
Tudo o que era técnica de cinema e fotografia era devorado até à exaustão, ainda não existiam escolas de imagem e, foi no exército com 19 anos, que obteve as primeiras aulas sobre essas técnicas, fotografia e cinema, tornando-se fotocine. Compra a sua 1º camera de filmar, uma Canon de 8 m/m sonora, com duas lentes intermutáveis, encomendada na Alemanha e é, com este equipamento e com o do exército, que é destacado para o norte de Angola, filmando operações de combate e não só, durante 42 meses. Passando à disponibilidade, vai trabalhar para uma multinacional em Moçambique, ligada ao turismo e à navegação aérea e marítima, continuando com as filmagens e reportagens fotográficas.
De regresso a Portugal em 1976, integra como freelancer uma produtora de televisão, iniciando uma intensa actividade nesta área como operador de camera, passando a colaborar com outras produtoras.
No mesmo ano, “apanhado” com a camera nas mãos num congresso partidário, é convidado a integrar os quadros da Câmara Municipal do Seixal (na época ainda não havia concursos), começando numa categoria que não era a sua, e onde mais tarde, lhe é entregue uma mala com máquinas fotográficas e lhe dizem que: “Quem faz cinema e televisão, também faz fotografia". Ora toma!
Integra a equipa do Boletim Municipal, na altura só três elementos, fazendo todas as reportagens fotográficas e mais tarde com a aquisição de equipamento de produção de vídeo, inicia a recolha de imagens das iniciativas autárquicas, continuando a colaborar com jornais locais e nacionais na fotografia. Permanece nestas funções até à aposentação em 2012, colaborando como freelancer em produtoras de televisão sempre que solicitado e como fotógrafo, colabora com alguma imprensa.
São mais de 50 anos de experiência, onde passou do suporte químico, ao registo magnético, e agora ao digital, suportes que permitem ter um acervo da sua terra, que adora fotografar.